PRÍNCIPE JOÃO CARLOS PEDRO LEOPOLDO BORROMEU DE BRAGANÇA

CANAL APAIXONADOS POR HISTÓRIA
4 min readOct 18, 2020
(Foto edição pertencente ao Canal Apaixonados por História — Professora Sabrina Ribeiro, para usá-la dê os créditos.)

Nascido no dia 6 de março de 1821 no Rio de Janeiro, João Carlos Pedro Leopoldo Borromeu de Bragança foi o terceiro filho do Imperador D. Pedro I da Imperatriz Maria Leopoldina. Por ser o primeiro varão nascido com vida do herdeiro da Coroa portuguesa, o menino recebeu o título de Príncipe da Beira que até aí pertencia à sua irmã mais velha, Dona Maria da Glória.

Imperador Pedro I do Brasil (direita) ordena ao oficial português Jorge Avilez (esquerda) que retorne a Portugal após sua rebelião fracassada. José Bonifácio pode ser visto ao lado de Pedro I, por Oscar Pereira da Silva.

O menino já estava um pouco fragilizado quando D. Leopoldina, grávida da princesa Januária e acompanhada dos dois filhos Maria da Glória e o João Carlos tiveram que fugir do Rio de Janeiro com destino à Fazenda Imperial de Santa Cruz, para se protegerem da violência que o General d’Avilez, Comandante das tropas portuguesas acampadas no Rio de Janeiro faziam, exigindo que D. Pedro retornasse a Lisboa. Este fato veio a dar origem ao chamado Dia do Fico, de 9 de janeiro de 1822.

Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares

D. Leopoldina e Dom Pedro I nunca perdoaram ao general português, pois por causa dessa fuga em um calor escaldante, veio a falecer o pequeno príncipe D. João Carlos no dia 4 de fevereiro de 1822, portanto com quase 11 meses de vida.

Em uma carta Dona Leopoldina relatou ao seu pai, o Imperador Francisco I a causa da morte de seu neto:

“Morreu-me o meu filho de uma espécie de mal curada inflamação do fígado, em convulsões durante 28 horas. Tudo isto motivado por nossa forçada fuga para Santa Cruz, distante 12 milhas. A pobre criança sofreu horrivelmente de um calor de 98º graus (36ºC), de modo que se pode atribuir a isto a prematura morte. Não lhe posso esconder a minha dor, somente a religião, a firme confiança no Altíssimo, que tudo faz para o bem dos homens, me dão alguma resignação e sossego, mas é preciso tempo. Como vai acabar isto, só Deus o sabe, nós ficamos aqui, não há mais dúvida alguma, e parece-me que para sempre…”

✎ Atenção: Você está autorizado a compartilhar o texto ou parte dele, desde que cite a fonte dessa forma: Texto publicado pela Professora Sabrina Ribeiro no Canal Apaixonados por História. Disponível em: (Cole o link do texto ou do vídeo aqui)

Dom Pedro I igualmente comunicou ao Rei Dom João VI a causa da morte de seu neto:

“Meu pai e meu senhor. Tomo a pena dar a Vossa Majestade a mais triste notícia do sucesso que tem dilacerado o meu coração. O príncipe D. João Calos, meu filho muito amado, já não existe.

Uma violenta constipação cortou o fio de seus dias. Este infortúnio é o fruto da insubordinação e dos crimes da divisão portuguesa. O príncipe já estava incomodado quando esta soldadesca rebelde tomou as armas contra os cidadãos pacíficos desta cidade; a prudência exigiu que eu fizesse partir imediatamente a princesa e as crianças para a fazenda de Santa Cruz, a fim de as pôr ao abrigo dos sucessos funestos de que esta capital podia vir a ser o teatro. Esta viagem violenta, sem as comodidades necessárias, o tempo que era úmido, depois de grande calor do dia, tudo enfim se reuniu para alterar a saúde do meu caro filho, e seguiu-se-lhe a morte.

A divisão auxiliadora, pois, foi a que assassinou o meu filho e neto da Vossa Majestade. Em consequência, é contra ela que levanto minha voz. Ela é responsável na presença de Deus e ante Vossa Majestade deste sucesso, que tanto me tem aflito, e que igualmente afligirá o coração de Vossa Majestade.”

O príncipe repousa no Mausoléu Imperial do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.

Recentemente surgiu uma foto de uma tela, que supostamente seria a Imperatriz Leopoldina, o Príncipe João Carlos e a Princesa Maria da Glória.

Tela que supostamente seria a família Imperial Brasileira

Bom, não existem provas de que essa seja uma tela da Família Imperial Brasileira, um dos motivos é que não existem telas publicadas do Príncipe João Carlos.

ASSISTA O VÍDEO NO CANAL APAIXONADOS POR HISTÓRIA:

Canal Apaixonados por História

FONTES & LIVROS:

D. Leopoldina: A história não contada. A mulher que arquitetou a Independência do Brasil. Autor: Paulo Rezzutti. Editora: LeYa.

D. Pedro: O homem revelado por cartas e documenttos inéditos. Autor: Paulo Rezzutti. Editora: LeYa.

Professora Sabrina Ribeiro

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